domingo, 3 de fevereiro de 2008

Carta que gerou um poema

Esta carta abaixo e num momento de "insight", gerou o poema acima, segundo sua autora, Lu Dias.


Caro amigo,

Deixe-me descrever o cenário:

Estou sentada a minha mesa de computador, postada diante de uma janela de 2mx2m, que dá de frente para a nossa famosa Serra do Curral. O céu está carregado de pacotes de nuvens cinzas, com umas carinhas ameaçadoras. Ainda sopra um ventinho bem gostoso. Ao fundo, os trios elétricos (trovões) dão sinal de aproximação. Sei que o desfile da mãe natureza já está a postos. Pelo brilho (relâmpagos) das alegorias dá para perceber a arrumação. A cidade está vazia, bem a meu gosto... mais parecendo que a população entrou em sono profundo. A filhota está no mundo... faz um estilo bem diferente do da mãe (já me ligou 5 vezes). O marido habita o computador da sala ao lado, perdido no mundo dos jogos de paciência. Haja paciência! Já lhe pedi para abrir uma boêmia (só tomo original, malzebier e essa, pois não me dão dor no estômago), apesar da gripe, em forma de uma persistente tosse. Não estou com ânimo de sair com este tempo. Lentamente começa a escurecer... os carros alegóricos estão cada vez mais próximos dos prédios. Apesar de tudo, o tempo está lindo. Bem ao estilo dos países de clima frio, sem o frio imoral deles. As árvores estão majestosamente verdes. Luxuriantes, a bem da verdade. Mais relâmpagos... mais trovões... mais...e mais....e mais....
Beagá está numa das regiões mais ricas em raios, do país. Posso até lhe enviar alguns na garrafa, já que gosta tanto deles. O meu gato Deco José é louco por relâmpagos... fica na varanda de olho no céu. Estou pensando em lhe comprar uma luneta, pro gato, é claro. O que acha? Pois é amigucho,vamos curtir o aqui e agora, pois amanhã pode não ser outro dia.... (credo em cruz, chega de existencialismo e Sartre em minha vida)

Um abraço carinhoso da

lu dias

0 Falaram e eu escutei: