O Beijo - Auguste Rodin - Escultura
Para Yasmin
sábado, 31 de maio de 2008
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4 Falaram e eu escutei:
Carlos,
somente hoje fui ver o presentaço que eu havia ganho.
São todos maravilhosos, mas devo lhe confessar que o primeiro tocou-me não apenas a alma, mas todos os sentimentos que estavam quietinhos, lá no fundo do meu inconsciente.
E por que eu o escolhi?
Porque nele a entrega é total, sem rodeios, sem disfarces, sem modéstia, sem parcimônia, sem qualquer ligação com o mundo exterior.
E se só se vive uma vez, que o amor seja exposto na sua totalidade, sem meios-termos.
Ela, a amada, se põe como o cálice a sorver a alma do amado.
Ele, o amante, despeja sobre esse cálice toda a ternura e luxúria que jaz em si.
É quando se fundem, numa vida generosa, em que dois se tornam um.
E aí encontra-se a maior exaltação do amor, da vida, do viver como um todo.
Observe que é ele quem segura a taça em suas mãos e em seu corpo. Nenhum peso ele coloca sobre ela, tão frágil é seu tesouro.
Para mim, Rodin apenas deveria ter dado mais encanto e objetividade à mão esquerda. Se tiver esta foto de outro ângulo, gostaria de ver.
É por isto que venho a seu blog. Aqui encontro coisas belíssimas.
Obrigada pelo presente.
Vou deixá-lo exposto para que outros dividam comigo tamanha beleza.
Abraços,
Yasmin
Carlos,
apenas um adendo:
é o beijo IV.
Olhei apenas a posição das gravuras.
Yasmin
Yasmin,
Que bom que você tenha gostado. Por vezes, fico obcecado com um tema e desta vez foi "O beijo". E sei que tal expressão toca a alma feminina. Por isso, dediquei a você. E que bela análise que você fez dessa escultura! Eu não teria melhor descrição! Coloquei uma escultura, propositalmente, pois acho que tem uma coisa peculiar em relação as pinturas: O artista não pode errar com o cinzel, ao contrário do pintor. Você já pensou nisso?
Abraço,
Carlos
Carlos
Adoro Rodin. Há algum tempo fui
ver uma exposição dele aqui no
Museu de Belas Artes. Não lembro
desta escultura.
beijinhos
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