Tu me criaste em tua mente,
compuseste cada pedaço de mim,
como quem monta um quebra-cabeça.
Escolheste os sonhos que deveria sonhar,
e a existência que querias que tivesse,
junto a tua vida ridiculamente besta.
Encaixaste-me em centenas de rótulos,
sem jamais te ateres,
que eu estava bem além de ti.
E pensaste ter manobrado meus pensamentos,
sorvido minhas emoções,
transformando-nos em seres afins.
Enganaste-te pensando que pudesses me fazer curvar,
à mesmice dessa existência,
que escolheste pra ti.
E agora vês que sempre me desloquei à deriva,
feito um ciclone,
que nunca se sabe aonde vai chegar.
Então me viras o rosto com nojo de tudo que represento,
com saudade e raiva,
do que jamais fui ou vivi.
Pouco me importa a tua cara de poucos amigos,
ou as troças que fazes comigo,
pois eu sou:
o rio que corre sem vazão,
o mar que reflete no céu,
a mariposa que voa sem asas,
a miopia da razão.
o ridículo da sensatez,
o mal da bondade,
o ontem da vez,
o mau-caratismo da probidade,
a inocência da sordidez.
Sou todos os pecados do mundo,
a escória da humanidade,
ser desprezível,
sou ZEUS!
Lu Dias
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Tributo aos Diferentes - Por Lu Dias
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